quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Hoje tem espetáculo

Mais um 3 de novembro chegou e passou despercebido pela maioria, que não prestou a devida homenagem ao aniversariante pelos seus 122, mas vamos tentar diminuir esse deslize contando um pouco de sua belíssima história.
Estamos falando da casa mais importante da Paraíba quando o assunto é arte e cultura, o imponente Theatro Santa Roza.(Clique na imagem para detalhes)

Theatro Santa Roza

Localizado na Praça Pedro Américo ele foi e continua sendo o principal palco para atores, bailarinos, cantores, comediantes... Enfim todos os artistas que se apresentam em nosso estado.

Fachada
Detalha da Fachada
Sua história começa em 1852 quando em resposta aos pedidos da população o então presidente da província da Parahyba Antônio Coelho de Sá e Albuquerque assina um decreto autorizando a criação de um teatro.
Lateral do teatro

Este ato foi apenas simbólico, pois nada de concreto foi feito para a construção do mesmo e somente em 1873, passados 21 anos, através da mobilização liderada pelo ator paraense (José de) Lima Penante e de sua sociedade teatral de amadores e que se tem início as obras.

Homenagem
 
A conclusão dos trabalhos se deu apenas em 3 de novembro de 1889, 37 anos após a assinatura do decreto, isso só foi possível graças ao Presidente da província Francisco Luís da Gama Roza que havia assumido a liderança da sociedade teatral.
12 dias depois disso Francisco Luís da Gama Roza perdeu seu mandato devido a proclamação da república.





 
 A Gazeta da Parahyba descreveu a inauguração como “Festival esplêndido e irradiante” devido ao luxo apresentado em seu interior e a arquitetura neoclássica.


















Devido a alguns incidentes há uma burocracia muito grande para podermos fazer imagens do interior do teatro desse modo vamos ficar só com o hall de entrada e a parte externa




O teatro teve uma participação muito importante na nossa história, já tendo sido utilizado como enfermaria, quartel, cinema e até como a  Assembleia Legislativa de nosso estado e foi justamente nela que se decidiu mudar o nome da capital para João Pessoa e adotar a nossa atual bandeira após a morte de João Pessoa

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Igreja da Misericórdia

Um dos itens indispensáveis as capitanias, cidades ou vilas do Brasil colonial era uma Santa Casa de Misericórdia voltada a obras assistenciais.

A ordem da Misericórdia foi criada em Portugal pela rainha D. Leonor, chamada de Princesa Perfeitíssima.

Normalmente essas Santas Casas eram compostas por um hospital, uma igreja e eventualmente um cemitério, esse é exatamente o caso da Filipéia de Nossa Senhora das Neves, nome da nossa cidade na época. (Clique nas fotos para detalhes)
Igreja da Misericórdia
 Estas Santas Casas deveriam atender as viúvas, os órfãos, os pobres, as crianças enjeitadas e a todos que necessitassem de ajuda.

Entrada da Igreja
O Hospital da Santa Casa, também chamado de Hospital da Caridade, funcionava atrás da Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia, de frente a Rua Visconde de Pelotas, isso no século XVII. Devido a inúmeros fatores o hospital foi demolido em 1924, onde foram edificados imóveis para aumentar os recursos da Irmandade.

Há muita contradição entre os historiadores quanto à fundação da igreja, mas a maioria afirma que foi Duarte Gomes da Silveira que a custeou quase totalmente e que a construção se iniciou em 1602 e que a obra findou em 1618.

A Igreja da Misericórdia é uma das igrejas mais antigas da cidade de João Pessoa, sendo a única que possui sua fachada original, bem como boa parte de seu interior. A fachada da igreja mostra os traços maneiristas, sem os adornos e ostentação do barroco, ela é bem simples e voltada à proteção.
Fachada da Igreja

Detalhe da Fachada

Foi matriz algumas vezes como em 1635 com a Invasão Holandesa, ou quando a Igreja Matriz passava por reformas ou necessitava de reparos.
Interior da Igreja

A nave é ampla e simples, não conta com pinturas ou azulejos, na entrada destacam se duas colunas de pedra no estilo toscano que sustentam o coro da igreja.
Nave da Igreja
Nave vista do altar

Há no teto uma pintura de Nossa Senhora da Misericórdia e aos seus pés várias pessoas, podemos notar um rei  e um papa que humildemente tiraram seus adornos
Nossa Senhhora da Misericórdia

Detalhe da pintura

A Capela do Salvador do Mundo, situada a esquerda do templo, merece destaque lá estão os depositados os restos mortais de Duarte Gomes da Silveira e sua esposa Dona Fulgência Tavares
Capela do Salvador do Mundo

Jazigo de Duarte Gomes da Silveira e sua esposa Dona Fulgência Tavares


O cemitério que havia foi retirado devido a reurbanização do centro da cidade mais ainda há na igreja um local onde se encontram vários jazigos e durante a última restauração foi encontrada uma lápide, onde se pode ler: Aqui está sepultado o Capitão-Mor João Coelho Vianna, falecido em 1808.


Outro detalhe que chama a atenção é uma placa que registra a passagem pela cidade de Dom Pedro II: “Edificado com o donativo que por ocasião da sua visita a esta província fez S.M.I o SR Don Pedro II, no dia 25 de dezembro de 1859, n’administração do Excelentíssimo Senhor Doutor Francisco D’Araújo Lima. C. STARR e Cª Pernambuco”. (S.M.I. = Sua Majestade Imperial)
Inscrição que pode ser vista na sacristia


Entrada para os jazigos

Jazigos
 Mais fotos podem ser vista no link abaixo

Igreja da Misericórdia


Mais informações podem ser encontradas em:



Revista Museu




Fotos Antigas

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Balaustrada


Os moradores mais atentos da zona sul de João Pessoa já devem estar acostumados com a visão da Balaustrada da Avenida João da Mata em Jaguaribe, mas a maioria nunca prestou a atenção merecida. Já os moradores das outras zonas não devem nem saber da sua existência. (Clique nas imagens para ver detalhes)


Com a ajuda do Google Maps podemos localizar, com facilidade, nosso ponto de interesse.
Mapa do local da Balaustrada
Essa bela obra foi construída no governo, do então Presidente do Estado, Francisco Camilo de Holanda no ano de 1918, no ano seguinte foi referida sua conclusão à Assembleia Legislativa pelo próprio Camilo de Holanda.

Alguns documentos históricos.
 

Balaustrada em 1929, (fonte: IHGP)
 A partir da Balaustrada, espécie de corrimão, pode-se avistar grande extensão de terras da área da Ilha do Bispo, que antigamente foi ocupada pelo índio Piragibe e sua tribo.
 Trata-se de um belo conjunto arquitetônico, possui bancos antigos e bem trabalhados.
No centro do mirante há um busto de Camilo de Holanda.


Quem tiver a oportunidade de passar pelo local aproveite para constatar a beleza desse recanto esquecido.

Ficamos devendo uma foto do pôr-do-sol visto do mirante, prometemos que assim que diminuírem as nuvens isso será providenciado.

Agradecemos a sua visita e seus comentários.

domingo, 14 de agosto de 2011

Cores da Primavera

Mais uma primavera se aproxima e assim a natureza mostra como uma única cor pode mudar tudo.

A cor em questão é o amarelo dos ipês que começa a tingir o verde predominante (Clique nas imagens para ampliar).

O início da florada dos ipês na Lagoa
As pessoas passam distraídas...
...só se preocupando em ir ou vir...

... e não apreciam o estar.
Enquanto isso em toda a Lagoa o amarelo desponta

Simultaneamente as acácias rubras também ajudam com seu vermelho característico.
As acácias rubras
Detalhe das acácias
 Sem a mesma fama do ipê e da acácia a amendoeira-da-praia, pé de castanhola, também traz seu toque ao colorido da época

Entre o verde se destacam os tons de vermelho do pé de castanhola...
...mesmo espremido entre os ipês

Vale a pena quem estiver no Parque Sólon de Lucena, A lagoa, ou na Praça de Independência prestar atenção a esse espetáculo que está se iniciando.

Só podemos agradecer morar na cidade mais “verde” das Américas e a segunda do mundo, só perdendo para Paris. (Esse título foi conquistado na ECO 92 no Rio de Janeiro)